CORAGEM E MUITOS VIVAS À PRESIDENTA DILMA!


Ontem tuitei Viva Dilma, Viva Dilma, Viva Dilma,...

Porque vibrei com a diminuição da taxa Selic em 0,5%.

Pegou todo mundo de surpresa.

Os banqueiros executivos ficaram nervosos porque o Banco Central não lhes deu ouvidos, já que pressionaram o BC para que não mexesse na taxa. Tudo bem, diziam, que em face do panorama internacional não se aumente, agora, os juros. Mas baixa-los? Essa não!

Para quem não sabe, os bancos ganham tanto mais quanto maior for a taxa Selic. Para aumenta-la patrocinam vários programas de rádio e televisão e inúmeros economistas e comentaristas da economia.

Persuadem com um discurso falacioso. Dizem que a ciência econômica é separada da ciência política e que por isso é técnico que o Banco Central seja autônomo em relação ao governo do país.

Fazem da autonomia institucional do BC o seu argumento político.

E quando conseguem emplacar este argumento com o apoio da mídia, a exemplo dos tempos FHC/LULA promovem a captura do BC mediante o Boletim Focus, que até há pouco só ouvia executivos financeiros.

E então deitam e rolam, surfando, anualmente, em lucros extraordinários, estupendos, estratosféricos, impensáveis.

O espantalho que usam para aumentar a taxa de juros é a inflação.

Fazem crer que só aumentando a taxa de juros Selic se pode baixar a inflação. Mas isto não é verdade.

O Collor venceu a hiperinflação do Sarney, de 80% ao mês, retendo os ativos financeiros e liberando-os em dezoito prestações mensais. A inflação caiu de 80% ao mês, para 20% ao ano!

Outro meio menos drástico de combater a inflação é restringindo o crédito. Por exemplo, crédito para pagamento em não mais de doze prestações mensais. Seria um choque anti-inlacionário, já que o consumo desabaria e, em conseqüência, os preços. Adeus, inflação! Mas nesta hipótese, como ficariam os bancos?

De modo que o problema é eminentemente político. Só as criancinhas e os interessados acreditam que a postura política defensora de uma autonomia para o Banco Central não seja uma ideologia, uma mera reivindicação do segmento da burguesia que empresta dinheiro a juros. A se crer nesta ideologia, o BC decidiria apenas de forma estritamente técnica, isenta de pressões políticas.

Ora. Esta postura é, de fato, a ideologia do sistema financeiro, a racionalização dos interesses materiais dos banqueiros e seus economistas, consultores e jornalistas assalariados, ideologia que subordinou e humilhou FHC/LULA, pondo-os de joelhos frente aos bancos.

Ainda, esta ideologia obrigou FHC/LULA, sob a bandeira necessária e correta da estabilidade, a defender os banqueiros contra os industriais, os comerciantes, os prestadores de serviços, os trabalhadores e o povo em geral.

Parece que Dilma é mais valente, pensa mais no país e, portanto, ensaia um passo muito importante na direção da economia política (monetária, creditícia, fiscal-tributária, de consumo, poupança e investimento), sempre dependente das instituições político-jurídicas.

Portanto, coragem e muitos vivas à Presidenta Dilma!

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