O FUTURO DA DEMOCRACIA, ELETRÔNICA!
Bobbio disse que o estágio de desenvolvimento de uma democracia deve ser avaliado pelo número de locais, em que as escolhas são feitas mediante votação. Não mais, afirma, apenas pelo número de pleitos realizados para eleger representantes. Porém, sobre decidirmos através de representantes eleitos, meu tataraneto poderá referir-se como algo ultrapassado, coisa do tempo do meu tataravô. Imagine, refletirá com os colegas, naquele tempo eles não decidiam diretamente, elegiam quem decidisse por eles. Inclusive, acrescentaria abismado, sobre o destino do dinheiro que cobravam dos eleitores e que servia, também, para o sustento dos próprios eleitos. Destarte, dinheiro lembra banqueiros. Ouvidos 176 executivos de 62 países pela consultoria PwC, 81% deles apontaram a velocidade de mudanças tecnológicas como o seu segundo principal pesadelo, perdendo, somente, para o excesso de regulação, (“Banqueiros temem avanço de start-ups” FSP, 30-05-16, p.A14).