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Mostrando postagens de outubro, 2018

BOLSONARO 02

            Sim, quem ganhou as últimas eleições foi o 02, Carlos Nantes Bolsonaro, 35 anos, nascido em 07/12/1982, dez anos antes de Tim Berners-Lee disponibilizar ao mundo o WWW World Wide Web, seis anteriores à queda do muro de Berlim e nove antes da dissolução do império soviético. Ganhou porque familiarizado com os algoritmos: internet, mídias sociais, WhatsApp, familiaridade própria da sua geração. O próprio presidente o disse: “eu não entendo, quem me ajudou foi o 02”.             O descendente de italianos e alemães, Jair Bolsonaro, teria sido eleito sem o 02? Sem tempo de televisão, sem estrutura partidária e quase sem fundo partidário e eleitoral? Meirelles gastou mais de 40 milhões e Alckmin teve o maior tempo de rádio e televisão. “O meio é a mensagem”, a Internet venceu ( “Internetism book” , página no Facebook, trata do papel da Internet na evolução da civilização).             Destarte, recordemos a primavera árabe iniciada na Tunísia em maio de 2011, depois

DITADURA?

            A campanha presidencial de 2018 trouxe a palavra ditadura à tona. Sim, pois as campanhas políticas dos dois candidatos dão a impressão de que os eleitores terão de escolher entre a ditadura comunista bolivariana, à la Venezuela, ou a ditadura militar brasileira da década de 60. Mesmo que cada um dos candidatos sonhe com a sua ditadura preferida, não acho que tenham ambiente para tanto. Explico-me.             Primeiramente, recordemos. Os elementos essenciais da democracia são: cada cabeça um voto, eleições livres, justas, periódicas, mediante voto secreto e direto, em ambiente de respeito às liberdades públicas; governo da maioria com estrito respeito às minorias e alternância do poder. Elementos estes consagrados em uma Constituição resultante do poder popular reunido em uma Assembleia Nacional eleita para constituir o Estado, em que a divisão de poderes, legislativo, executivo e judiciário seja estabelecida, a fim de que um poder controle o outro; um sistema de

BOLSONARO

            Reproduzo a geografia do voto publicada pelo Estadão, dia 13 de outubro, à página A4 na coluna Eleições 2018. Faço-o a título de registro histórico. Por região Sul, B 57% - H 20%; Sudeste, B 53% - H 19%; Nordeste, B 51% - H 26%; Norte/Centro-Oeste, B 50% - H 29% . Voto por segmento Masculino B 51 – H 26 ;   Feminino B 40 – H 30 Por idade 16 a 24 anos B 40 – H 25; 25 a 34 anos B 47 – H 26; 35 a 44 anos B 46 – H 29; 45 a 54 anos B 45 – H 30; 55 e mais: B 47 – H 30 Escolaridade Até 4ª. série do fundamental H 48 – B 30; da 5ª. à 8ª. série do fundamental H e B 39; ensino médio B 50 – H 26; Superior B 49 – H 14 Renda Familiar em salários mínimos Mais de 5: B 56 – H 13; mais de 2 a 5: B 55 – H 17; mais de 1 a 2: B 46 a 29; até 1: H 48 – B 28 CUSTO DAS CAMPANHAS Quanto ao custo da campanha, transcrevo os dados publicados pela Folha de São Paulo, em matéria de capa do dia 14 de outubro: B R$ 1,9 milhão e H R$ 49,5 milhões, incluindo

BOLSONARO, SEM SURPRESA!

            Lá pelas cinco da tarde, a canadense Emilie Brunet venceu a minha resistência, interrompemos a aula de Inglês, caminhamos pela Av. Dr. Arnaldo até a Rua Oscar Freire e tomamos o ônibus em direção ao Largo da Batata, no bairro de Pinheiros.             Assim que subimos o degrau do coletivo percebi que estaríamos diante de um acontecimento importante. Eram muitos jovens, muita gente a pé na mesma direção. Às tantas o trânsito congestionou e as pessoas desceram. Corria o dia 17 de junho de 2013, uma segunda-feira.             O Largo da Batata se transformou em um mar de gente, como há anos não se via em manifestação espontânea. O tsunami humano invadiu a Av. Faria Lima, a Av. Rebouças, subiu a ponte espraiada indo até à Av. Bandeirantes. Foi seguido por um terremoto humano que sacudiu o país todo durante a semana inteira.             A luta do movimento estudantil passe-livre contra o aumento de vinte centavos nas passagens, brutalmente reprimido na sexta-fei