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Mostrando postagens de dezembro, 2019

POEMA PSICANALÍTICO

Traumas infantis Repete e pede bis. É craca inconsciente, Analisa, e vai em frente! Condensação, dramatização, simbolização, Deslocamento, distorção, inversão,  Alegorias, metáforas, regressão! Repressão. Sonhos e interpretação! Oral, anal, fálica e genital, Cresce o animal humano. Mira-se feliz no espelho, Ganha um ‘eu’ o fedelho! Chora, mama, goza e dorme! Reclama, berra, acorda! Colo, mama, goza. E dorme! Ama, odeia e perdoa. Repara os erros. Constrói-se ano após ano, O tempo-vida inteiro! (escrito hoje no Athenas - Café Restaurante, à Rua Antônio Carlos, às 13,30)

MASOQUISMO

            Ao lado do masoquismo erógeno, como condição imposta à excitação sexual – prazer no sofrimento - e do masoquismo feminino, como expressão da natureza feminina, a terceira forma de masoquismo, o moral, como norma de comportamento, “foi identificada pela psicanálise como um sentimento de culpa” (p.181), na maior parte inconsciente, sem que o prazer no sofrimento que caracteriza o masoquismo erógeno deixe de estar presente nas duas outras formas, o feminino e o moral.             Esse sentimento de culpa, por sua vez, manifesta-se nas fantasias masoquistas nas três formas; o indivíduo acha que cometeu crime de natureza indefinida a ser expiado por penas atormentadoras, uma racionalização que tem por trás “uma vinculação à masturbação infantil” (p.182).             O pressuposto da distinção entre os masoquismos, erógeno, feminino e moral assenta-se em algumas proposições: a primeira, a de que os “processos mentais são governados pelo princípio do prazer” (p.179) e

O EXEMPLO SAPATEIRO

                                                                Denise pede para reavivar o exemplo do sapateiro, a ilustrar que a mente humana sempre está um passo atrás dos fatos da vida. O povo sintetiza o fenômeno dizendo, simplesmente, que a ficha não caiu. Caiu a ficha? Será que não cai a ficha?                 Um sapateiro era um competente artesão e atendia uma bela freguesia, dominando seu trabalho e seu tempo com plena autonomia. Sustentava a família satisfazendo as necessidades básicas dos filhos e ainda sobrava para as férias familiares anuais. Um autônomo honesto, responsável e satisfeito.                 Eis que em sua vizinhança instala-se uma fábrica de sapatos, produção em série, máquinas e operários produzindo em massa, vendendo sapatos pela metade do preço cobrado pelo sapateiro artesão. Este fale, pois a freguesia some, ele cerra as portas da sapataria e se emprega como operário da mesma fábrica que provocou a sua falência.                 Homem brioso, o