INCRÍVEL!
Equivale, para Wall Street, à queda do muro de Berlim!
É a pá de cal no neoliberalismo, na desregulamentação, na fé no mercado como regulador automático das crises!
É o enterro da tese do Estado mínimo, não intervencionista!
É o comunismo salvando o capitalismo! Apropriação individual dos lucros e socialização dos prejuízos!
Todos sabem que estas são algumas das mensagens que pudemos ler dos bem-pensantes, a respeito da crise de crédito, crise de confiança, crise sistêmica que as instituições financeiras não bancárias dos Estados Unidos da América do Norte está vivendo, exportando-a para o resto do mundo.
Em ondas, como bem me ensinou o Samuel. Aliás, profeticamente, ou melhor, analiticamente, prevendo este crash com uma semana de antecedência. Mas tenho certeza que nem ele pensava que o resultado das suas análises estaria para se concretizar apenas a uma semana depois da nossa conversa.
Quero, entretanto, pinçar uma notícia e ligá-la ao professor português de Direito Constitucional , J.J. GomesCanotilho, especialmente ao seu livro "Brancosos", em que, discorrendo sobre este ramo do Direito no século XXI, fala na constituição de "estruturas constitucionais internacionais".
A notícia que me fez fazer esta associação foi a de que a "Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que fiscaliza e regulamenta o mercado de valores mobiliários nos Estados Unidos) se uniu às agências de fiscalização de mercado de Reino Unido, França, Portugal e Irlanda para impor uma proibição temporária às vendas a descoberto e impedir que investidores se envolvam em transações que permitam que eles lucrem com a queda das ações das empresas financeiras".
(Folha de São Paulo, 20 de setembro de 2008, página B4).
Pois é, quão longe da ideologia da não intervenção estatal no mercado. Contra o lucro? Claro que não. Mas a necessidade obriga, quando a não intervenção significa prejuízo em escala sistêmica. E aí quem vai salvar a situação? O povo, é óbvio, sempre o povo. O povão, melhor dizendo. Aqueles que pagam impostos sem saber exatamente o que os políticos fazem com ele.
Dá para brincar de não supervionar, de se iludir, de não interferir, de fingir que não percebe, de tirar uma lasquinha, etc, etc e etc. Mas quando a coisa vai longe demais, então, é hora de se socorrer do povo, do povão, melhor dizendo.
É incrível! E a realidade se impõe com tanta força que as melhores equipes técnicas dos dois candidatos a presidentes desta grande nação americana fazem parecer os programas econômicos que elaboraram verdadeiras redações de jardim da infância.
Algum deles sugeriu que o governo injetasse 700 bi de dólares para comprar os créditos podres em mãos dos emprestadores irresponsáveis?
Como iriam adivinhar que a situação fosse tão grave, se até agora não há nenhuma supervisão estatal acompanhando a criatividade dos corretores de investimentos financeiros?
Vem aí a correção desta falha de mercado, é inevitável. Inteligente, esperamos todos.
Espero que você, leitor, não seja um dos que esteja pagando o preço deste progresso.
É a pá de cal no neoliberalismo, na desregulamentação, na fé no mercado como regulador automático das crises!
É o enterro da tese do Estado mínimo, não intervencionista!
É o comunismo salvando o capitalismo! Apropriação individual dos lucros e socialização dos prejuízos!
Todos sabem que estas são algumas das mensagens que pudemos ler dos bem-pensantes, a respeito da crise de crédito, crise de confiança, crise sistêmica que as instituições financeiras não bancárias dos Estados Unidos da América do Norte está vivendo, exportando-a para o resto do mundo.
Em ondas, como bem me ensinou o Samuel. Aliás, profeticamente, ou melhor, analiticamente, prevendo este crash com uma semana de antecedência. Mas tenho certeza que nem ele pensava que o resultado das suas análises estaria para se concretizar apenas a uma semana depois da nossa conversa.
Quero, entretanto, pinçar uma notícia e ligá-la ao professor português de Direito Constitucional , J.J. GomesCanotilho, especialmente ao seu livro "Brancosos", em que, discorrendo sobre este ramo do Direito no século XXI, fala na constituição de "estruturas constitucionais internacionais".
A notícia que me fez fazer esta associação foi a de que a "Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que fiscaliza e regulamenta o mercado de valores mobiliários nos Estados Unidos) se uniu às agências de fiscalização de mercado de Reino Unido, França, Portugal e Irlanda para impor uma proibição temporária às vendas a descoberto e impedir que investidores se envolvam em transações que permitam que eles lucrem com a queda das ações das empresas financeiras".
(Folha de São Paulo, 20 de setembro de 2008, página B4).
Pois é, quão longe da ideologia da não intervenção estatal no mercado. Contra o lucro? Claro que não. Mas a necessidade obriga, quando a não intervenção significa prejuízo em escala sistêmica. E aí quem vai salvar a situação? O povo, é óbvio, sempre o povo. O povão, melhor dizendo. Aqueles que pagam impostos sem saber exatamente o que os políticos fazem com ele.
Dá para brincar de não supervionar, de se iludir, de não interferir, de fingir que não percebe, de tirar uma lasquinha, etc, etc e etc. Mas quando a coisa vai longe demais, então, é hora de se socorrer do povo, do povão, melhor dizendo.
É incrível! E a realidade se impõe com tanta força que as melhores equipes técnicas dos dois candidatos a presidentes desta grande nação americana fazem parecer os programas econômicos que elaboraram verdadeiras redações de jardim da infância.
Algum deles sugeriu que o governo injetasse 700 bi de dólares para comprar os créditos podres em mãos dos emprestadores irresponsáveis?
Como iriam adivinhar que a situação fosse tão grave, se até agora não há nenhuma supervisão estatal acompanhando a criatividade dos corretores de investimentos financeiros?
Vem aí a correção desta falha de mercado, é inevitável. Inteligente, esperamos todos.
Espero que você, leitor, não seja um dos que esteja pagando o preço deste progresso.
Comentários
Hoje a tarde eu havia enviado a mensagem abaixo para o e-group do qual faço parte e durante sua aula agora a pouco o senhor nos agraciou com aquela análise tão incisiva sobre a importância da Internet.
Um abraço
Cláudio
PS.: SE QUISER, APROVEITE E VEJA O VÍDEO DA MOÇA CANTANDO. VALE A PENA!
Enc: "Não julgue um livro pela capa"...
Para:
Data: Quinta-feira, 23 de Abril de 2009, 11:01
Olá,
Amigos!
Minha esposa me enviou esta mensagem e eu estou compartilhando com todos porque é realmente muito emocionante.
Todos sabemos como a Internet mudou a vida das pessoas e o acesso que todos temos à informação, mas, a meu ver, num exemplo como este é que dá pra termos uma idéia da intensidade destas mudanças.
No passado, certamente, poucas pessoas teriam tido a oportunidade de conhecer a Susan Boyle, mas, com a Internet milhões (talvez bilhões) de pessoas pelo mundo afora estão acessando o YouTube para ver como ela surpreendeua todos com o seu jeito simples e desengonçado, mas sua graça e encanto ao iniciar a canção.
Seja para vermos uma cena tocante e bela como a de Susan Boyle ou a cena patética dos ministros do STF batendo boca ontem à tarde (http://www1. folha.uol. com.br/folha/ brasil/ult96u554 762.shtml), seja para ter acesso a milhões de livros e textos ou a músicas e vídeos, a Internet vem a cada dia se mostrando como a "Enciclopédia Mundial Permanente" prevista no conto de H. G. Wells "World Brain", publicado em 1938 no qual ele dizia literalmente:
"Parece possível que, no futuro próximo, tenhamos bibliotecas microscópicas de registro em que uma fotografia de todos os livros e documentos importantes do mundo estarão guardados e disponíveis para a inspeção do estudante... Projetores padronizados não oferecem nenhuma dificuldade. A influência disto sobre a forma concreta de uma Enciclopédia Mundial é obvia... Está muito próximo o momento em que qualquer estudante, em qualquer parte do mundo, poderá sentar-se com seu projetor em seu próprio gabinete para examinar qualquer livro, qualquer documento em uma réplica exata."
"Podemos perdoar Wells por não haver previsto os computadores. Mude 'projetor' para 'computador' no trecho acima e a visão de Wells terá espantosa precisão." (extraído do livro "O umbigo de Adão" de Martin Gardner, publicado no Brasil pela Ediouro em 2002).
Diante disso só podemos dizer:
- Viva Susan Boyle!, mas, principalmente,
- Viva a Internet!
Um abraço a todos
Cláudio
--- Em qua, 22/4/09, Alessandra Costa Pinto <> escreveu:
Olá,
Ouvi falar desse vídeo (link abaixo) e procurei na internet para conferir. Se tiver uns 6 minutos disponíveis dê uma olhada. Uma mulher de 47 anos, solteira, dedicou-se a cuidar da mãe até a sua morte. Não teve namorados, filhos... Muito simples, feia, gorda, mal cuidada... Foi apresentar-se em um programa, versão inglesa de "Astros", em busca do sonho de ser uma grande cantora, e foi desacreditada pelo juri e pela platéia por sua aparência. As pessoas riram dela, inclusive os jurados. Mas quando abriu a boca... emocionou a todos. Isso foi uma lição: não se deve julgar mal as pessoas pelo seu físico, pelo que vestem, pela maneira como falam. Aliás, muitos têm um talento escondido e precisam descobrir.
Arrume-se na cadeira e aumente o som para ouvir essa bela voz! (Veja se o áudio do seu micro está legal).
Alessandra
http://www.youtube. com/watch? v=j15caPf1FRk