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Mostrando postagens de março, 2010

LEVANTA A MÃO E FALA ALTO

Em fins do ano passado, conversando com a Patrízia Bergamaschi e a sua irmã Adriana sobre magistério, o exercício de cidadania em torno do Direito de Petição, a política brasileira, a passividade generalizada, acabei por contar que costumava pedir aos meus alunos e alunas que levantassem a mão e falassem alto. A Adriana que é uma especialista em comunicação pinçou a frase da nossa descontraída conversa e a colocou em destaque. “Levanta a mão e fala alto”. Está aí, disse ela. A frase resume tudo. Você tem de usá-la. Ela é muito boa. Forte, inteligível, encaminhadora. De fato. Fiz alguns testes e todos que a ouviram apoiaram-na, considerando-a densa de sentido. Ela combina algumas virtudes. Em sala de aula, ao mesmo tempo em que exijo silêncio absoluto, todos sabem que podem e devem participar, bastando levantar a mão e receber a autorização para falar. E se o aluno ainda é tímido, encorajo-o a falar alto, assumindo postura de autoconfiança, e o estimulo a pronunciar bem as palavras. Tra

SUPLICY X MERCADANTE: O NORMAL NEM SEMPRE É O COMPORTAMENTO GERAL

Essa idéia me veio a propósito do comportamento do Senador Suplicy. Ele quer ser candidato a Governador do Estado pelo seu partido, o PT, do qual é um dos fundadores, como parlamentar eleito pelo antigo MDB, em 1978. Conheço-o desta época. Para isso, segundo os jornais, reuniu as assinaturas de militantes do PT, em número necessário e suficiente para inscrever-se como candidato e concorrer na convenção partidária que deverá votar e escolher, democraticamente, sobre qual dos membros do partido, inscritos como candidatos a Governador do Estado, deverá ser o candidato do partido. Nada mais normal. O partido tem um estatuto prevendo regras que devem ser seguidas por quem deseja candidatar-se. É o caso do Senador Suplicy. Ele deseja ser o candidato do partido e cumpre as regras estabelecidas pelo partido a que pertence. Entretanto, como ele é tratado? Como se estivesse se comportando anormalmente. De forma bizarra. Ingênua. Excêntrica, até. Como se acreditar nas regras estabelecidas pelo es

LULOFASCISMO

É o que vemos. A uma, porque houve vinculação das centrais sindicais ao Estado, mediante pagamento anual, ainda por cima, não controlado pelo Tribunal de Contas da União. A duas, porque tem havido parcerias privilegiadas do Estado com grandes grupos econômicos privados, favorecendo cartéis e monopólios. A três, porque houve cooptação da representação estudantil em nível nacional. A quatro, porque há desprezo pelos direitos humanos das minorias políticas divergentes, no plano internacional, a exemplo do escárnio cúmplice em Cuba e da defesa do ditador do Irã. A cinco, porque há culto à personalidade do chefe, guia e mestre. A seis, porque há demagogia na exaltação de si próprio e hiper-valorização da responsabilidade dos acertos do governo, em detrimento dos fatos que compõem o processo histórico do desenvolvimento nacional. A sete, porque há irresponsabilidade no sucesso baseado no imediatismo econômico consumeirista, com ameaças de desindustrialização e de retrocesso a uma economia ex