LUTA DE CLASSES
Esta é uma locução que pode assustar muita gente. Ou não. Alguns haverão que admitam a sociedade dividida em classes sociais em disputa. Outros, talvez, nunca tenham pensado no assunto. O fato é que quase não ouço mais falar em luta de classe.
Entretanto, já se disse que a História é a história das lutas de classe. E vem de longe, por exemplo, plebeus versus patrícios, à época do império romano. Vamos, então, refletir um pouco a partir desta hipótese de trabalho.
Vivemos o modo de produção capitalista em sua fase de hegemonia dos serviços financeiros, depois da mercantilista e da industrial. A base jurídica do sistema é a propriedade, o direito de propriedade dos meios de produção, que pode ser tanto privada empresarial, quanto estatal, propriedade coletivizada. Imagino que haja consenso quanto a isso.
Nesta linha caberia perguntar, pois, quem compõe as classes subalternas e quem constitui a classe hegemônica, exploradora das primeiras.
À vista dos últimos acontecimentos, a resposta se tornou muito simples. Indico-a através de dois economistas que ganharam o prêmio Nobel: Paul Krugman e Joseph Stiglitz. O primeiro escreveu um artigo intitulado “Nós somos os 99,9%” e o segundo um outro assim encabeçado: “A globalização dos protestos” ou “Protestos globalizados”, já nem me lembro direito, porém, ambos publicados neste novembro de 2011.
O duro para mim é saber que nem todos os meus eventuais leitores estão acompanhando os acampamentos espalhados pelo mundo, de ocupação de lugares públicos, tipo “Ocupe Wall Street”. Os acampados protestam contra a ganância dos bancos e o conluio dos políticos, que por isso se deslegitimaram e deixaram de falar em nome do povo. Mais recentemente, os gregos e os italianos andaram protestando nas ruas contra a troca de mandatários eleitos por tecnocratas a serviço dos que querem receber seus créditos à custa do suor e do sangue dos povos.
E você? É um dos noventa e nove por cento da população mundial? Ou é um dos 1% que se apropriam dos excedentes produtivos já financeirizados, executivos que patrocinaram o super endividamento das famílias ganhando milhões de bônus, uma das causas da crise que começou em 2008?
Que fazer? Como o andar de cima está bem entrosado, especialmente bancos e políticos através da engenharia eleitoral partidária da democracia indireta representativa, a nós, os noventa e nove por cento apenas resta reinventar a democracia, aproveitando a revolução digital para torna-la direta, a fim de restaurar a soberania popular nas decisões mais importantes.
É pelo que os indignados de todos os povos lutam: democracia real, democracia já, democracia direta, democracia participativa direta. Esta é a exigência da política do século XXXI. Por ser da atualidade, ela é uma nova política.
Entretanto, já se disse que a História é a história das lutas de classe. E vem de longe, por exemplo, plebeus versus patrícios, à época do império romano. Vamos, então, refletir um pouco a partir desta hipótese de trabalho.
Vivemos o modo de produção capitalista em sua fase de hegemonia dos serviços financeiros, depois da mercantilista e da industrial. A base jurídica do sistema é a propriedade, o direito de propriedade dos meios de produção, que pode ser tanto privada empresarial, quanto estatal, propriedade coletivizada. Imagino que haja consenso quanto a isso.
Nesta linha caberia perguntar, pois, quem compõe as classes subalternas e quem constitui a classe hegemônica, exploradora das primeiras.
À vista dos últimos acontecimentos, a resposta se tornou muito simples. Indico-a através de dois economistas que ganharam o prêmio Nobel: Paul Krugman e Joseph Stiglitz. O primeiro escreveu um artigo intitulado “Nós somos os 99,9%” e o segundo um outro assim encabeçado: “A globalização dos protestos” ou “Protestos globalizados”, já nem me lembro direito, porém, ambos publicados neste novembro de 2011.
O duro para mim é saber que nem todos os meus eventuais leitores estão acompanhando os acampamentos espalhados pelo mundo, de ocupação de lugares públicos, tipo “Ocupe Wall Street”. Os acampados protestam contra a ganância dos bancos e o conluio dos políticos, que por isso se deslegitimaram e deixaram de falar em nome do povo. Mais recentemente, os gregos e os italianos andaram protestando nas ruas contra a troca de mandatários eleitos por tecnocratas a serviço dos que querem receber seus créditos à custa do suor e do sangue dos povos.
E você? É um dos noventa e nove por cento da população mundial? Ou é um dos 1% que se apropriam dos excedentes produtivos já financeirizados, executivos que patrocinaram o super endividamento das famílias ganhando milhões de bônus, uma das causas da crise que começou em 2008?
Que fazer? Como o andar de cima está bem entrosado, especialmente bancos e políticos através da engenharia eleitoral partidária da democracia indireta representativa, a nós, os noventa e nove por cento apenas resta reinventar a democracia, aproveitando a revolução digital para torna-la direta, a fim de restaurar a soberania popular nas decisões mais importantes.
É pelo que os indignados de todos os povos lutam: democracia real, democracia já, democracia direta, democracia participativa direta. Esta é a exigência da política do século XXXI. Por ser da atualidade, ela é uma nova política.
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