MARINA X DILMA
Não que elas estejam brigando; não que eu saiba, pelo menos.
Eu é que as vejo como símbolos opostos. De visões opostas. De caminhos diferentes.
Uma me lembra o tempo dos militares. Do Brasil grande. Do Brasil potência. Da Transamazônica do Andreazza. Das grandes obras para, pelas e com as grandes empreiteiras. Da cabeleira branca e vistosa, vaidosa, sorriso largo, pra frente Brasil..., crescimento acelarado, concentrador, conservador, predador da natureza, obras multimilionárias.
A outra, a oposição, raquítica, firme, briosa, quase solitária, trabalho de formiguinha, um MDB nascente, engatinhando antes da anistia, perdendo as eleições, ridicularizada pela mídia, porém altiva e combativa. "VOTE NO MDB, VOCÊ SABE PORQUÊ", o slogan de 1974, quando vivíamos o pior dos exílios, o interno, castrador.
Duas visões: O Plano de Acelaração do Crescimento, para a morte brasileira e da humanidade, versus O Plano de Crescimento Sustentável, para a vida dos brasileiros e de todos os terráqueos.
A resistência democrática, a luta pela redemocratização, pelas eleições diretas, etc, Tancredo-Sarney, Ulisses e a Constituição Cidadã, quase vinte e um anos de democracia eleitoral, liderança rebelde de Collor, recuperação pelas câmaras setoriais com Itamar, liderança racional de Fernando Henrique, liderança carismática de Lula e...
E agora, José? Para onde vamos?
Seguir os caprichos do dono do poder? O neocorporativismo revisitado, o neodesenvolvimentismo revisitado, centrado no mero crescimento econômico predador, sem investimentos que tornem a escola pública gratuita de qualidade para todos?
Ou vamos construir as pontes para um projeto histórico brasileiro de crescimento e desenvolvimento sustentável? Com escola pública gratuita de qualidade para todos, respeito ao meio ambiente, transparência e responsabilidade política...
Duas visões, duas mulheres, duas esfínges, dois símbolos, dois caminhos, Marina e Dilma, o presente sem futuro da segunda, e o futuro ainda sem presente da primeira. A segunda puxada pelo dono do poder que lhe oferece carona no presente. A primeira, visionária que precisa florescer, sabendo estar no caminho certo, o da sustentação da vida. Tão visionária quanto o dono do poder e, por isso mesmo, sem para ele conceder.
E eu com tudo isto? Conto eu lá alguma coisa?
Não importa. Quem não pôde se expressar e agora pode tem obrigação de se manifestar. Ou, pelo menos, para gozar o prazer de dar uma opinião.
Então eu digo: vamos apoiar a visão Marina, vamos construir o plano nacional de crescimento e desenvolvimento sustentável, como alternativa ao plano de acelaração do crescimento, porque "navegar é preciso" e porque "tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Eu é que as vejo como símbolos opostos. De visões opostas. De caminhos diferentes.
Uma me lembra o tempo dos militares. Do Brasil grande. Do Brasil potência. Da Transamazônica do Andreazza. Das grandes obras para, pelas e com as grandes empreiteiras. Da cabeleira branca e vistosa, vaidosa, sorriso largo, pra frente Brasil..., crescimento acelarado, concentrador, conservador, predador da natureza, obras multimilionárias.
A outra, a oposição, raquítica, firme, briosa, quase solitária, trabalho de formiguinha, um MDB nascente, engatinhando antes da anistia, perdendo as eleições, ridicularizada pela mídia, porém altiva e combativa. "VOTE NO MDB, VOCÊ SABE PORQUÊ", o slogan de 1974, quando vivíamos o pior dos exílios, o interno, castrador.
Duas visões: O Plano de Acelaração do Crescimento, para a morte brasileira e da humanidade, versus O Plano de Crescimento Sustentável, para a vida dos brasileiros e de todos os terráqueos.
A resistência democrática, a luta pela redemocratização, pelas eleições diretas, etc, Tancredo-Sarney, Ulisses e a Constituição Cidadã, quase vinte e um anos de democracia eleitoral, liderança rebelde de Collor, recuperação pelas câmaras setoriais com Itamar, liderança racional de Fernando Henrique, liderança carismática de Lula e...
E agora, José? Para onde vamos?
Seguir os caprichos do dono do poder? O neocorporativismo revisitado, o neodesenvolvimentismo revisitado, centrado no mero crescimento econômico predador, sem investimentos que tornem a escola pública gratuita de qualidade para todos?
Ou vamos construir as pontes para um projeto histórico brasileiro de crescimento e desenvolvimento sustentável? Com escola pública gratuita de qualidade para todos, respeito ao meio ambiente, transparência e responsabilidade política...
Duas visões, duas mulheres, duas esfínges, dois símbolos, dois caminhos, Marina e Dilma, o presente sem futuro da segunda, e o futuro ainda sem presente da primeira. A segunda puxada pelo dono do poder que lhe oferece carona no presente. A primeira, visionária que precisa florescer, sabendo estar no caminho certo, o da sustentação da vida. Tão visionária quanto o dono do poder e, por isso mesmo, sem para ele conceder.
E eu com tudo isto? Conto eu lá alguma coisa?
Não importa. Quem não pôde se expressar e agora pode tem obrigação de se manifestar. Ou, pelo menos, para gozar o prazer de dar uma opinião.
Então eu digo: vamos apoiar a visão Marina, vamos construir o plano nacional de crescimento e desenvolvimento sustentável, como alternativa ao plano de acelaração do crescimento, porque "navegar é preciso" e porque "tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Comentários
Nas palavras da Senadora, é preciso pegar um caminho de 'envergadura'.
Pai, adorei o texto.
bj