OTAVIO AUGUSTO VENTURINI COMENTA O "LEVANTE A MÃO E FALE ALTO"
Professor fiz a leitura do livro. Segue abaixo o comentário.
De:Otavio Augusto
Escrever Adicionar Bate-papoPara:mpeixotomg@mackenzie.br
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, mpeixotomg@uol.com.br
Escrever Adicionar Bate-papoAssunto:Professor fiz a leitura do livro. Segue abaixo o comentário. Data:12/12/2010 10:42
Prezado professor e amigo Marcos Peixoto,
primeiramente, é motivo de grande alegria ver formalizada em livro toda a matéria ministrada com excelência e simplicidade pelo senhor no curso de: Ética e Cidadania Aplicada ao Direito I.
Eu o felicito pela capacidade e coragem ter utilizado uma linguagem simples e direta para expor tema tão complexo e controvertido. Eu o parabenizo por não ter se escondido atrás de verborragias dúbias; meio covarde empregado por tantos intelectuais para escaparem de críticas. Creio que isto que o senhor fez só é possível àqueles que realmente conhecem e acreditam no que falam.
Este livro mantém um diálogo horizontal com o leitor. Ao ler o livro- “Levante a Mão e Fale Alto”- senti-me conversando com o senhor, senti-me novamente em sala de aula.
O capítulo: “A Teoria do Valor”, revela-nos todo o equilíbrio de suas afirmações. Equilíbrio de quem é capaz de negar ao mesmo tempo o objetivismo e o subjetivismo. Equilíbrio presente apenas naqueles que “beberam das águas” da fenomenologia husserliana, para quem o conhecimento se dá em uma relação dual, na qual o sujeito reconhece no objeto, que se encontra na transcendência, uma vivência própria. Negando, destarte, todo o determinismo.
Na última parte desta obra, o professor traz à tona uma nova perspectiva para a sociedade e para o Direito na contemporaneidade. Aplicando a lei do materialismo histórico e dialético ao advento software livre, ele nos proporciona uma visão provocadora a respeito da hegemonia do capitalismo. Lobrigou no software livre uma novidade capaz de contrariar o direito de propriedade privada dos meios de produção, um dos pilares do capitalismo, e, ainda mais inquietante, mostrou-nos os benefícios dessa modalidade de propriedade coletiva, que possibilita a participação de todos para a consecução de melhorias.
Contudo, o capítulo mais importante deste livro e que por si só mereceria todo o destaque deste singelo comentário é o “Direito de Petição”. Não há matéria mais difícil de ser ministrada do que Ética. Como ensinar noções de moral, virtude e justiça e como convencer um aluno, que se vê perdido em meio a tantas iniqüidades, de que tudo isto vale a pena? Aristóteles tinha razão ao evidenciar que a justiça surge de um agir virtuoso em relação ao outro e que a ética pertence à praxis (campo de ação humana onde o agir é um fim em si mesmo). Portanto, não há meio melhor de se ensinar tais noções aos alunos do que os incentivando a praticá-las. E este, a meu ver, é o maior desiderato do exercício do direito de petição, provocar no aluno uma atitude mais participativa, provocar no aluno o exercício da cidadania, para que ele possa agir e lutar, de maneira adequada, pelos nossos direitos. O exercício do “Direito de Petição” é uma luta epopeica contra nossa tradição cultural de alienação política, capaz de nos fazer sentir cidadãos.
Atenciosamente,
Otavio Augusto Venturini.
De:Otavio Augusto
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, mpeixotomg@uol.com.br
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Prezado professor e amigo Marcos Peixoto,
primeiramente, é motivo de grande alegria ver formalizada em livro toda a matéria ministrada com excelência e simplicidade pelo senhor no curso de: Ética e Cidadania Aplicada ao Direito I.
Eu o felicito pela capacidade e coragem ter utilizado uma linguagem simples e direta para expor tema tão complexo e controvertido. Eu o parabenizo por não ter se escondido atrás de verborragias dúbias; meio covarde empregado por tantos intelectuais para escaparem de críticas. Creio que isto que o senhor fez só é possível àqueles que realmente conhecem e acreditam no que falam.
Este livro mantém um diálogo horizontal com o leitor. Ao ler o livro- “Levante a Mão e Fale Alto”- senti-me conversando com o senhor, senti-me novamente em sala de aula.
O capítulo: “A Teoria do Valor”, revela-nos todo o equilíbrio de suas afirmações. Equilíbrio de quem é capaz de negar ao mesmo tempo o objetivismo e o subjetivismo. Equilíbrio presente apenas naqueles que “beberam das águas” da fenomenologia husserliana, para quem o conhecimento se dá em uma relação dual, na qual o sujeito reconhece no objeto, que se encontra na transcendência, uma vivência própria. Negando, destarte, todo o determinismo.
Na última parte desta obra, o professor traz à tona uma nova perspectiva para a sociedade e para o Direito na contemporaneidade. Aplicando a lei do materialismo histórico e dialético ao advento software livre, ele nos proporciona uma visão provocadora a respeito da hegemonia do capitalismo. Lobrigou no software livre uma novidade capaz de contrariar o direito de propriedade privada dos meios de produção, um dos pilares do capitalismo, e, ainda mais inquietante, mostrou-nos os benefícios dessa modalidade de propriedade coletiva, que possibilita a participação de todos para a consecução de melhorias.
Contudo, o capítulo mais importante deste livro e que por si só mereceria todo o destaque deste singelo comentário é o “Direito de Petição”. Não há matéria mais difícil de ser ministrada do que Ética. Como ensinar noções de moral, virtude e justiça e como convencer um aluno, que se vê perdido em meio a tantas iniqüidades, de que tudo isto vale a pena? Aristóteles tinha razão ao evidenciar que a justiça surge de um agir virtuoso em relação ao outro e que a ética pertence à praxis (campo de ação humana onde o agir é um fim em si mesmo). Portanto, não há meio melhor de se ensinar tais noções aos alunos do que os incentivando a praticá-las. E este, a meu ver, é o maior desiderato do exercício do direito de petição, provocar no aluno uma atitude mais participativa, provocar no aluno o exercício da cidadania, para que ele possa agir e lutar, de maneira adequada, pelos nossos direitos. O exercício do “Direito de Petição” é uma luta epopeica contra nossa tradição cultural de alienação política, capaz de nos fazer sentir cidadãos.
Atenciosamente,
Otavio Augusto Venturini.
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