EU JÁ ERA!
Há alguns dias estou com este título e a matéria na cabeça, mentalmente escrita. Tem de ser agora, pois as coisas estão andando tão rapidamente que temo, além da consciência de que “eu já era”, ainda perca o bonde da originalidade do registro.
Sim, porque na quarta-feira passada, jantando com o Francisco Petros no Airin, um bom japonês, diga-se, comentei que o Julian Assange do WikiLeaks, para mim, é o primeiro líder na nova formação social, o socialismo sem ditadura do proletariado, objeto no capítulo IV do meu livrinho “Levante a Mão e Fale Alto”, pela Quartier Latin, do amigo Vinicius Vieira. E que o Bradley Manning, 22 anos, analista de inteligência do Exército americano será, possivelmente, o primeiro mártir desta nova luta de classes que agora começa.
E mais. Na manhã do sábado passado, por falta de lugar na padaria Lord, a da Rua Veiga Filho, acabei me sentando à mesa ocupada pela pedagoga Carla Zampieri. Gentilmente aquiesceu que com ela a dividisse, trocamos palavras, falei-lhe do título “eu já era”, ela se interessou, expliquei-lhe, recomendei que lesse este texto domingo à tarde. Todavia, missa da família, pizza, etc e agora não dá para esperar mais, já estamos na segunda, dia 13 de dezembro.
O resto, então, que espere!
Sábado à tarde e à noite? Também não foi possível. Um delicioso e muito prazeroso almoço com o Francisco Petros, o José Márcio Mendonça, a Paula e a verdadeira surpresa do dia, a empresária de comunicação Silvana de Matos, agraciou aquela tarde, seguida de visita à Livraria Cultura e uma chuvarada deliciosa a umedecer as almas. À noite, acompanhado da maravilhosa Silvia Paletta Cardoso Sica, a rainha da inteligência emocional, um jantar de amigos deliciosos, a turma do “Morte e Vida Severina”, a unanimidade dos anos sessenta, na mansão dos Carrazza, sem esquecer de levar o abraço do José Márcio Mendonça ao Melquíades Cunha, o nosso querido Capitão.
Aos domingos sempre compro a promoção “Estadão/Veja”. Ontem fiz exceção. E não é que tive de compra-la hoje, segunda. Por que? Pela capa. “Julian Assange Homem-bomba. Numa prévia das guerras digitais no século XXI, os hacktivistas reagem à prisão de Assange, lançando uma onda planetária de ataques.”
Gostei do “hacktivistas”. É exatamente isto. A vanguarda da nova formação social, após a sucessão bem conhecida do escravagismo, feudalismo, capitalismo e... socialismo, pelas mãos dos hackers, tese que venho desenvolvendo com meus alunos há anos.
Aliás, foi explicando-a em uma aula, há uns seis ou sete anos, que o então aluno de Direito, Sérgio Brodsky, perguntou-me se eu estaria disposto a orienta-lo, fizesse ele a sua monografia de conclusão de curso sobre o tema da aula. Claro que concordei. Ele fez. Demos a nota 10. Quase publicou sobre os “Hackers”, sondado pela Publifolha, segundo me contou.
Finalizo. “Eu já era” porque não posso me tornar um “hacktivista”. Triste? Não, apenas consciente de que fui ultrapassado pela revolução digital. Não me sinto capaz, ou até talvez seja, mas não sou apaixonado pela informática, a ponto de ficar fuçando e me aperfeiçoando no manejo deste novo instrumento de produção que é o software livre, não apropriável por ninguém, propriedade social, propriedade socialista, ou ainda, para inventar um nome menos comprometido, propriedade da humanidade, humanitarista, melhor, humanista, em homenagem ao inexcedível Machado de Assis.
Feliz? Sim, por entender o que se passa, por antever esta luta de classes que agora a Veja reconhece. E, no sábado, como comentei à mesa com os amigos no Platibanda, Rua Mourato Coelho 1365, havia lido à página A30 do Estadão, matéria intitulada “Guerrilha virtual amadora abre nova era na rede”, noticiando que John Perry Barlow, fundador da Eletronic Frontier Foundation e letrista da banda Grateful Dead também compreende o presente, pois, postou em seu Twitter: “A primeira guerra informatizada séria foi iniciada. O campo de batalha é o WikiLeaks. E vocês, os soldados”.
Pois é. É rebeldia mesmo, e muitos revolucionários estão no grupo intitulado “Anonymous”, grande parte ainda teens, deflagradores da “Operação para vingar Assange”. O primeiro líder da nova formação social, eu acrescento, sucessora do capitalismo, isto se não houver uma terceira guerra mundial desencadeada pelos incapazes de se adaptar. E como sabemos, sempre os há, não?
Quem mesmo disse que a História é a história das lutas de classe?
A revolução liberal do século XVIII entronizou a burguesia e o novo paradigma Estado Nacional-Constituição.
Como será o novo paradigma que os hackers começam a criar? Só o tempo dirá.
Para ajudar, aqui no Brasil, está na hora de criarmos o Partido da Democracia Direta. Bem vindos ao PDD. Com parlamento eletrônico! Democracia eletrônica! Partido virtual dos cidadãos democráticos!
Por que não? É dar eficácia e aplicação sistemática à segunda parte do parágrafo único do artigo primeiro da Constituição Federal de 1988.
Eu já era, mas estou vivo e esperneio!
Sim, porque na quarta-feira passada, jantando com o Francisco Petros no Airin, um bom japonês, diga-se, comentei que o Julian Assange do WikiLeaks, para mim, é o primeiro líder na nova formação social, o socialismo sem ditadura do proletariado, objeto no capítulo IV do meu livrinho “Levante a Mão e Fale Alto”, pela Quartier Latin, do amigo Vinicius Vieira. E que o Bradley Manning, 22 anos, analista de inteligência do Exército americano será, possivelmente, o primeiro mártir desta nova luta de classes que agora começa.
E mais. Na manhã do sábado passado, por falta de lugar na padaria Lord, a da Rua Veiga Filho, acabei me sentando à mesa ocupada pela pedagoga Carla Zampieri. Gentilmente aquiesceu que com ela a dividisse, trocamos palavras, falei-lhe do título “eu já era”, ela se interessou, expliquei-lhe, recomendei que lesse este texto domingo à tarde. Todavia, missa da família, pizza, etc e agora não dá para esperar mais, já estamos na segunda, dia 13 de dezembro.
O resto, então, que espere!
Sábado à tarde e à noite? Também não foi possível. Um delicioso e muito prazeroso almoço com o Francisco Petros, o José Márcio Mendonça, a Paula e a verdadeira surpresa do dia, a empresária de comunicação Silvana de Matos, agraciou aquela tarde, seguida de visita à Livraria Cultura e uma chuvarada deliciosa a umedecer as almas. À noite, acompanhado da maravilhosa Silvia Paletta Cardoso Sica, a rainha da inteligência emocional, um jantar de amigos deliciosos, a turma do “Morte e Vida Severina”, a unanimidade dos anos sessenta, na mansão dos Carrazza, sem esquecer de levar o abraço do José Márcio Mendonça ao Melquíades Cunha, o nosso querido Capitão.
Aos domingos sempre compro a promoção “Estadão/Veja”. Ontem fiz exceção. E não é que tive de compra-la hoje, segunda. Por que? Pela capa. “Julian Assange Homem-bomba. Numa prévia das guerras digitais no século XXI, os hacktivistas reagem à prisão de Assange, lançando uma onda planetária de ataques.”
Gostei do “hacktivistas”. É exatamente isto. A vanguarda da nova formação social, após a sucessão bem conhecida do escravagismo, feudalismo, capitalismo e... socialismo, pelas mãos dos hackers, tese que venho desenvolvendo com meus alunos há anos.
Aliás, foi explicando-a em uma aula, há uns seis ou sete anos, que o então aluno de Direito, Sérgio Brodsky, perguntou-me se eu estaria disposto a orienta-lo, fizesse ele a sua monografia de conclusão de curso sobre o tema da aula. Claro que concordei. Ele fez. Demos a nota 10. Quase publicou sobre os “Hackers”, sondado pela Publifolha, segundo me contou.
Finalizo. “Eu já era” porque não posso me tornar um “hacktivista”. Triste? Não, apenas consciente de que fui ultrapassado pela revolução digital. Não me sinto capaz, ou até talvez seja, mas não sou apaixonado pela informática, a ponto de ficar fuçando e me aperfeiçoando no manejo deste novo instrumento de produção que é o software livre, não apropriável por ninguém, propriedade social, propriedade socialista, ou ainda, para inventar um nome menos comprometido, propriedade da humanidade, humanitarista, melhor, humanista, em homenagem ao inexcedível Machado de Assis.
Feliz? Sim, por entender o que se passa, por antever esta luta de classes que agora a Veja reconhece. E, no sábado, como comentei à mesa com os amigos no Platibanda, Rua Mourato Coelho 1365, havia lido à página A30 do Estadão, matéria intitulada “Guerrilha virtual amadora abre nova era na rede”, noticiando que John Perry Barlow, fundador da Eletronic Frontier Foundation e letrista da banda Grateful Dead também compreende o presente, pois, postou em seu Twitter: “A primeira guerra informatizada séria foi iniciada. O campo de batalha é o WikiLeaks. E vocês, os soldados”.
Pois é. É rebeldia mesmo, e muitos revolucionários estão no grupo intitulado “Anonymous”, grande parte ainda teens, deflagradores da “Operação para vingar Assange”. O primeiro líder da nova formação social, eu acrescento, sucessora do capitalismo, isto se não houver uma terceira guerra mundial desencadeada pelos incapazes de se adaptar. E como sabemos, sempre os há, não?
Quem mesmo disse que a História é a história das lutas de classe?
A revolução liberal do século XVIII entronizou a burguesia e o novo paradigma Estado Nacional-Constituição.
Como será o novo paradigma que os hackers começam a criar? Só o tempo dirá.
Para ajudar, aqui no Brasil, está na hora de criarmos o Partido da Democracia Direta. Bem vindos ao PDD. Com parlamento eletrônico! Democracia eletrônica! Partido virtual dos cidadãos democráticos!
Por que não? É dar eficácia e aplicação sistemática à segunda parte do parágrafo único do artigo primeiro da Constituição Federal de 1988.
Eu já era, mas estou vivo e esperneio!
Comentários
acabei de ler o texto!
na europa, existe já um Partido Pirata, que já elegeu um representante no parlamento europeu!!
e esses dias eu assisti ao filme matrix,cujo cenario lembrou mto esse previsto pela disputa dos hacktivistas por um dominio global
meu blog tá aí professor
http://sarau-da-dri.blogspot.com
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abraco!!