EU TERIA DEMITIDO NA HORA!
Anteontem eu comentei com a professora Silvia Paletta Cardoso Sica que a Presidenta deveria ter demitido o General José Elito Carvalho, recém nomeado chefe do Gabinete de Segurança Institucional, responsável pois, de início, pela segurança da instituição chamada Presidência da República.
É que o general afirmou que os desaparecimentos de brasileiros durante a dituadura militar não passam de fatos históricos, a respeito dos quais não se deve envergonhar ou vangloriar. Sugere, assim, claro, que não se deve apurar as responsabilidades por tais sumiços. E, pelo que os jornais noticiaram, tal absurdidade foi de encontro à orientação pouco antes explicitada pela Presidenta.
Ontem reproduzi o mesmo comentário à empresária Silvana de Matos e à professora Maria Lúcia de Barros Rodrigues.
Fiquei muito feliz de me ver acompanhado pelo jornalista Clóvis Rossi. Em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo, à página A2, sob o título "Vergonha é não ter vergonha", Rossi afirma: "O general produziu a mais indecente declaração que ouvi até hoje em 40 anos de acompanhamento de questões vinculadas aos direitos humanos nas muitas ditaduras sul-americanas." E encerra a sua coluna com a seguinte disjuntiva: "Ou o general explica, limpidamente, o que pensa sobre o assunto ou se demite."
Bem. Aí está. Acho que a Presidenta perdeu uma oportunidade de mostrar que é a comandante em chefe das Forças Armadas brasileiras e que, nesta condição, não admite que as suas orientações sejam desobedecidas, especialmente pela instituição que baseia a sua organicidade no princípio da hierarquia.
Constituição Federal de 1988. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
É que o general afirmou que os desaparecimentos de brasileiros durante a dituadura militar não passam de fatos históricos, a respeito dos quais não se deve envergonhar ou vangloriar. Sugere, assim, claro, que não se deve apurar as responsabilidades por tais sumiços. E, pelo que os jornais noticiaram, tal absurdidade foi de encontro à orientação pouco antes explicitada pela Presidenta.
Ontem reproduzi o mesmo comentário à empresária Silvana de Matos e à professora Maria Lúcia de Barros Rodrigues.
Fiquei muito feliz de me ver acompanhado pelo jornalista Clóvis Rossi. Em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo, à página A2, sob o título "Vergonha é não ter vergonha", Rossi afirma: "O general produziu a mais indecente declaração que ouvi até hoje em 40 anos de acompanhamento de questões vinculadas aos direitos humanos nas muitas ditaduras sul-americanas." E encerra a sua coluna com a seguinte disjuntiva: "Ou o general explica, limpidamente, o que pensa sobre o assunto ou se demite."
Bem. Aí está. Acho que a Presidenta perdeu uma oportunidade de mostrar que é a comandante em chefe das Forças Armadas brasileiras e que, nesta condição, não admite que as suas orientações sejam desobedecidas, especialmente pela instituição que baseia a sua organicidade no princípio da hierarquia.
Constituição Federal de 1988. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
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