SOU EU, OU, SOU EU!
Uma outra maneira de dizer quase a mesma coisa, li, há muitos anos, em um livro sobre a análise transacional.
A frase era “Eu sou ok, você não é ok”.
Significava a personalidade que ao se considerar vencedora, capaz de superar dificuldades extremas, especialmente na infância, acaba por sintetizar uma forma de relacionamento humano em que ela, a própria pessoa, é a única “ok”.
Os demais mortais apenas existem para servi-la, de modo que tudo pode ser feito com eles.
A lembrança veio a propósito de nosso presidente LILS e as próximas eleições presidenciais.
Ainda durante todo o ano passado, algumas vezes argumentei junto a colegas de magistério, que LILS queria o terceiro mandato e dissimulara esta pretensão apresentando uma mulher desconhecida do meio político-partidário-eleitoral para sucedê-lo. Uma mulher que se recolheria, sem mais, se assim LILS desejasse.
Desta forma afastava qualquer concorrente à sua própria pessoa, alguém com peso específico próprio e com capacidade de crescimento em densidade política e em apoio popular.
Leio agora, à página 16 do livro “O poder pelo avesso”, de Dora Kramer, impresso em março de 2010, na introdução que a autora faz às crônicas políticas selecionadas, que “ na derrubada da CPMF. ... Lula ... foi confrontado com uma derrota que lhe deu a noção exata da impossibilidade de fazer passar pelo Congresso – o Senado, melhor dizendo – o terceiro mandato.”
O outro raciocínio que vim expondo aos colegas e que, quase à unanimidade não foi acolhido, foi o de que, tendo o tiro do terceiro mandato saído pela culatra, LILS preferiria a derrota da sua candidata de mentirinha.
Daí o título. Sou eu o futuro presidente, porque eu sou “ok”. Ou sou eu o líder da oposição, porque eu sou “ok”. Apenas uma coisa não seria admissível. É não ser nem uma coisa nem outra. Ter de contentar-se em ser um mero ex-presidente, com um poder político meia-sola, sem o poder da caneta e ainda por cima, castrado em seu prazer de proferir bravatas, exercendo a deliciosa e emocionante tarefa de ser oposição!
Pelo bem do Brasil, do povo, da classe trabalhadora, dos excluídos, dos sem-terra, dos sem-teto, dos companheiros expurgados da máquina, etc!
Apoiando este raciocínio, leio hoje que o Celso Ming levanta a hipótese de derrota da candidata de LILS à página B2 do Estadão, já no título da matéria: “Pintou derrota? E então?
E ainda, a sagaz Dora Kramer, à página A8, a certa altura, escreve: “Prometeu, quando sair da Presidência, “gritar, perturbar” para mudar essa situação. Como opositor do governo Dilma? Como líder do movimento dos sem-juiz?"
E, last but not least, vai facilitar muito a tarefa oposicionista de LILS se as finanças tiverem de ser arrumadas pelo sucessor. Logo, pau na máquina. Gastemos o dinheiro que não temos!
A frase era “Eu sou ok, você não é ok”.
Significava a personalidade que ao se considerar vencedora, capaz de superar dificuldades extremas, especialmente na infância, acaba por sintetizar uma forma de relacionamento humano em que ela, a própria pessoa, é a única “ok”.
Os demais mortais apenas existem para servi-la, de modo que tudo pode ser feito com eles.
A lembrança veio a propósito de nosso presidente LILS e as próximas eleições presidenciais.
Ainda durante todo o ano passado, algumas vezes argumentei junto a colegas de magistério, que LILS queria o terceiro mandato e dissimulara esta pretensão apresentando uma mulher desconhecida do meio político-partidário-eleitoral para sucedê-lo. Uma mulher que se recolheria, sem mais, se assim LILS desejasse.
Desta forma afastava qualquer concorrente à sua própria pessoa, alguém com peso específico próprio e com capacidade de crescimento em densidade política e em apoio popular.
Leio agora, à página 16 do livro “O poder pelo avesso”, de Dora Kramer, impresso em março de 2010, na introdução que a autora faz às crônicas políticas selecionadas, que “ na derrubada da CPMF. ... Lula ... foi confrontado com uma derrota que lhe deu a noção exata da impossibilidade de fazer passar pelo Congresso – o Senado, melhor dizendo – o terceiro mandato.”
O outro raciocínio que vim expondo aos colegas e que, quase à unanimidade não foi acolhido, foi o de que, tendo o tiro do terceiro mandato saído pela culatra, LILS preferiria a derrota da sua candidata de mentirinha.
Daí o título. Sou eu o futuro presidente, porque eu sou “ok”. Ou sou eu o líder da oposição, porque eu sou “ok”. Apenas uma coisa não seria admissível. É não ser nem uma coisa nem outra. Ter de contentar-se em ser um mero ex-presidente, com um poder político meia-sola, sem o poder da caneta e ainda por cima, castrado em seu prazer de proferir bravatas, exercendo a deliciosa e emocionante tarefa de ser oposição!
Pelo bem do Brasil, do povo, da classe trabalhadora, dos excluídos, dos sem-terra, dos sem-teto, dos companheiros expurgados da máquina, etc!
Apoiando este raciocínio, leio hoje que o Celso Ming levanta a hipótese de derrota da candidata de LILS à página B2 do Estadão, já no título da matéria: “Pintou derrota? E então?
E ainda, a sagaz Dora Kramer, à página A8, a certa altura, escreve: “Prometeu, quando sair da Presidência, “gritar, perturbar” para mudar essa situação. Como opositor do governo Dilma? Como líder do movimento dos sem-juiz?"
E, last but not least, vai facilitar muito a tarefa oposicionista de LILS se as finanças tiverem de ser arrumadas pelo sucessor. Logo, pau na máquina. Gastemos o dinheiro que não temos!
Comentários
pena que nem todos enxergam o momento e o movimento das peças do tabuleiro desta forma.