CARTA ABERTA À SENADORA MARINA SILVA

Prezada Senadora Marina Silva

1 – Considerei gravíssima a sua saída do Ministério do Meio-Ambiente, em 2008. Prejudicial ao País. Como reação, procurei motivar meus alunos da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e eles realizaram uma “Passeata Ecológica” no segundo sábado de setembro de 2008. Sobre ela, há um documentário disponível em http://www.passeataecologica.blogspot.com/ e no http://www.youtube.com/ .

2 – Postei “MARINA X DILMA” no http://www.blogdoprofessorpeixoto.blogspot.com/ em 16 de junho de 2009, para mostrar que se trata de confronto entre duas visões distintas, conclamando apoio à visão Marina Silva.

3 – Posteriormente, em artigo bem elaborado e com o mesmo sentido do texto “MARINA VERSUS DILMA”, Fernando Henrique Cardoso no jornal “O Estado de São Paulo” de 05 de julho de 2009, à página 02, sob o título de “O pós-Real” mostrou o retrocesso de posturas governamentais neodesenvolvimentistas, do tipo “pau na máquina”.

4 – Por outro lado, li anteontem que o Partido Verde convidara-a para ser a candidata dele à Presidência da República.

5 – Ontem, dia 02 de agosto, à página 09 do caderno “Mais” do jornal “Folha de São Paulo”, sob a manchete “Dos EUA, com carinho”, li a matéria que trata da aprovação em junho passado pela Câmara dos Representantes daquele país, do “Ato de Energia Limpa e Segurança de 2009. Ela institui o sistema “cap and trade” para controlar as emissões de carbono. E prevê que a partir de 2020 seja imposto um ‘ajuste de fronteira’, uma tarifa sobre bens originários de outros países que não estejam tomando providências a respeito das suas emissões de gases ligadas ao aquecimento global.

6 – Assim como em um incêndio o líder passa a ser o bombeiro, também em cada circunstância histórica o povo tem sabido escolher o líder mais preparado para enfrentar os desafios do momento. Collor venceu a hiper-inflação e promoveu a agenda internacional da nossa economia; Itamar consolidou-a, ressuscitou-a através das Câmaras Setoriais e lançou o REAL; FHC consolidou e estabilizou a nova moeda, trouxe o capital privado para os investimentos de infra-estrutura através das privatizações e aprovou a lei de responsabilidade fiscal; LULA manteve a estabilidade da moeda e impulsionou o mercado interno com o Bolsa Família e com os aumentos do salário mínimo, do funcionalismo e das aposentadorias, aproveitando o boom dos preços das comodities para aumentar as reservas internacionais do país.

7 – E agora, qual a pessoa pública com mais vivência e experiência para colocar o Brasil como POTÊNCIA AMBIENTAL, a partir do nosso grande diferencial que é a Amazônia?

Atenciosamente,

São Paulo, 03 de agosto de 2009

Marcos Peixoto Mello Gonçalves

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